Webinário para criar oportunidades de financiamento internacional
O webinário com o BID e o Banco Mundial sobre "Mecanismos de Financiamento" lembrou aos países da região as oportunidades que existem para investimentos através de pesquisa, empréstimos e projetos de desenvolvimento. Apoio total às iniciativas do Processo de Quito.
Por Isadora Zoni
Ana Aguilera, especialista em desenvolvimento social do Banco Mundial, disse claramente: os bancos se concentram no desenvolvimento a longo prazo e não especificamente na ajuda humanitária ou em emergências. No webinário "Mecanismos de Financiamento", que contou com a presença de 105 participantes, a especialista lembrou que, embora haja um bom relacionamento e sinergia com as agências humanitárias da região, a possibilidade de fazer investimentos com a integração da abordagem de migração nos diferentes setores governamentais está aberta.
Durante o evento de encerramento do Processo de Quito em 2021, Felipe Muñoz, chefe da Unidade de Migração do BID, lembrou que o BID está empenhado em diálogos com os governos para entender coletivamente as necessidades e prioridades dos países sobre questões como a migração nos países de acolhida em tempos da COVID, mudança climática e diáspora no Caribe, percepções sociais e xenofobia.
Tanto Aguilera como Muñoz destacaram que promovem diálogos com os países de acolhida sobre os desafios e oportunidades da migração, o intercâmbio de boas práticas para gerar experiência regional com uma abordagem setorial, bem como para o desenvolvimento de ações concretas para a resposta ao fluxo migratório. Eles também se referiram ao uso de várias ferramentas de comunicação para criar ambientes de discussão e argumentação, como conversas, eventos ao vivo, eventos especializados, entrevistas, blogs; e ferramentas para quebrar estereótipos e fomentar a empatia, como vídeos de realidade aumentada, etnografia visual e diálogo com migrantes.
Ambos os painelistas convidaram os países a fazer uso dessas ferramentas e possibilidades, e esclareceram os mecanismos de financiamento e as possibilidades de acesso a empréstimos, assistência técnica e estudos ou pesquisas regionais.
Eles também avaliaram a necessidade de:
- Apoiar a Estratégia Regional contra a Xenofobia, com a possibilidade de utilizar recursos do BID;
- Rever os eixos temáticos para a implementação de projetos de cooperação técnica;
- Incentivar os pedidos de convites para apresentação de propostas e fundos de pesquisa para estudos a nível regional;
- Apoiar o portfólio de projetos do Processo de Quito.
Além do financiamento, as entidades financeiras falaram das possibilidades de assistência técnica e cooperação. Eles indicaram que isto pode ser feito através de coordenação intersetorial, planos de resposta e financiamento, acesso a experiências e melhores práticas, gestão e percepção de mudanças comportamentais ou a preparação de projetos operacionais.